segunda-feira, 30 de abril de 2012

DIÁRIO DO POVO
Mogi das Cruzes, 29 de abril de 2012.

              MISTÉRIO! “PRESUNTO” É DESOVADO EM CONDOMÍNIO DE GRÃ-FINOS


         A polícia investiga um crime misterioso - um cadáver que foi desovado na porta do apartamento 27 do “Condomínio Gaivotas”, prédio de alto luxo, localizado no Bairro Jardim das Flores, na cidade de Mogi das Cruzes, ontem (28/04), por volta das 7h da manhã.
         O morador do apartamento, que não quis se identificar, contou que, logo após ter se levantado, ouviu a campainha tocar e ao abrir a porta topou com o cadáver de um desconhecido, já frio e rígido. Explica que o cadáver estava vestido apenas com uma bermuda e não tinha sinais aparentes de violência. Disse que nunca viu o morto e que, quando abriu a porta, não viu mais ninguém no corredor e não sabe quem poderia ter cometido esse crime.
         A polícia foi chamada pelo morador do apartamento assim que este constatou o trágico acontecimento e está ouvindo os seguranças, os funcionários e os moradores do condomínio, na esperança de que alguém conheça o morto ou tenha alguma pista do que possa ter acontecido.
 O titular da Delegacia de Homicídios, Dr.Ângelo Barradas, que investiga o crime, solicitou as imagens das câmeras de vigilância, na tentativa de identificar o elemento que deixou o “presunto” na porta do apartamento e aguarda o laudo do IML, que será divulgado em 30 dias, para saber a possível identidade do indivíduo e o que causou a sua morte. Enquanto isso, disponibiliza o telefone 4722-2121 para que as pessoas que saibam alguma coisa sobre o acontecido entrem em contato. Afirma que será mantido total sigilo das eventuais ligações.



Marcia Strazzer de Novais
Sucursal do Alto Tietê


Este texto – uma notícia de jornal popular - faz parte da tarefa sobre gêneros do discurso do curso “Leitura em Contexto Digital” oferecido pela Secretaria de Estado da Educação aos educadores da rede estadual.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Depoimento

Experiência de leitura
                                      Elisabete da Silva Briganó 


Sei que a leitura de mundo precede a do livro, por isso digo que o meu contato com os livros e, não com a leitura, começou tarde. Infelizmente não nasci em uma família leitora e os livros que existiam na minha infância eram só os escolares e a escola, aos 7 anos, me encantou quando percebi todas as possibilidades dessa nova realidade. Lá supri todas as minhas necessidades de ficção e de fantasia.Os livros coloridos (que hoje as crianças têm acesso logo cedo, muitas vezes logo que nascem) eram trazidos pela professora e, literalmente, provocavam festa.

Tive, então, amor pelos livros infantis e consequentemente aprendi a gostar de todas as possibilidades de leitura, elegendo minha profissão que a valoriza e trabalha com as estratégias de acordo com cada gênero textual.

Os livros que li na adolescência (fase escolar) que me maravilharam foram “Feliz Ano Velho” e “No verão, a primavera”. Li e reli em várias fases de minha vida e sempre com novas reflexões.


Hoje, leio de tudo e não consigo entender quem diz que não gosta de ler. Como? Se a leitura faz parte da nossa vida, é a base de tudo? Como alguém pode dizer que nunca leu um livro inteiro? Essas pessoas estão perdendo as possibilidades de ficção, fantasia e conhecimento, pior, estão deixando de exercer o seu direito à literatura (patrimônio cultural da humanidade).


Este depoimento faz parte de um relato de experiência de leitura, postado também num fórum de grupo, atividade do curso LEITURA E ESCRITA EM CONTEXTO DIGITAL, da EFAP.

DIÁRIO DE PALMITAL

MORADOR ENCONTRA CADÁVER NA SOLEIRA DA PORTA




Um cidadão palmitalense encontra um cadáver na porta do seu apartamento no prédio Jardim Florido.

Ontem, pela manhã, o cidadão José João da Silva, morador do prédio Jardim Florido, zona sul da cidade de Palmital, neste estado, chamou a central por telefone. Muito nervoso, o senhor disse que, logo ao acordar, depois de fazer a sua higiene pessoal, ouviu a campainha. Saiu do banheiro correndo para abrir a porta, encontrando ali caído um homem. Verificou ao redor e não havia ninguém no corredor. "Abaixei e toquei sim o homem com os dedos, vi que o corpo estava frio e rígido, um cadáver", afirmou o senhor José João. O delegado Dr. Marcelo Siqueira, da 23ª DP diz que apurará o caso para averiguar o que realmente aconteceu.

da Sucursal de Jardim Florido

REPÓRTER: Elisabete da Silva Briganó

Este texto foi escrito seguindo uma sequência de ações para a produção de uma notícia  para um jornal popular - Curso LEITURA E ESCRITA EM CONTEXTO DIGITAL - EFAP.

domingo, 22 de abril de 2012


CADÁVER ENSANGUENTADO É ENCONTRADO  NA PORTA DE AÇOUGUEIRO
João de Sousa, açougueiro, 51 anos, encontrou um cadáver na porta de sua casa, na Viela da Saudade, na manhã de hoje, na Comunidade de Cruz das Almas.
O cidadão acordou cedo, foi até a porta de casa pegar seu jornal, deparou-se com um corpo de um jovem, branco, sem documentos, aparentando 23 anos, trajando camiseta branca, calça jeans desbotada, tênis brancos. O corpo estava rígido, ensanguentado, com um tiro nas costas.  O morador correu os olhos pela viela estreita onde mora, mas não viu ninguém.
João imediatamente acionou o 190. Os soldados PM Pontes e Chaves atenderam a ocorrência, colheram depoimento do açougueiro, de alguns vizinhos, mas não conseguiram verificar a identidade do morto.
O caso foi encaminhado para o 10 º DP de Belo Horizonte, onde seguirão as investigações. O cadáver foi levado para o IML para coleta de digitais e tentativa de identificação.
Maria do Socorro Delfiol Nogueira
Agência BH
Este texto integra as atividades do Curso Leitura e Escrita em Contexto Digital da Escola de Formação de Professores - EFAP.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Para mim leitura deve ser prazerosa

     Para mim leitura deve ser prazerosa.
       Sou extremamente exigente no que diz a respeito das minhas referências literárias. Nem todos os livros são bons, concordo plenamente com Danuza Leão. Segundo Antonio Candido existe todos os tipos e todos os níveis de produções literárias. Mas, em minha opinião nem todas nos satisfazem.
         Só é possível realizar uma leitura prazerosa, quando lermos o que nos agrada. Embora, a primeira vista de um livro pode nos enganar, quem nunca jugou um livro pela capa e depois gostou do que leu?
       Amo as poesias escritas por Cecília Meireles, algumas delas tenho forte memória. A meu ver esta poetisa é genial. E os clássicos da literatura universal, como Dom Quixote, passa geração e ele ainda conquista mais leitores. Enfim, a leitura precisa ser prazerosa, por meio dela nos tornamos mais críticos e refletimos mais sobre determinado assunto.
       Entre os meus quatro e cinco anos de idade gostava de assistir telecurso 1º e 2º graus e pedia para minha mãe caneta e papel para rabiscar. Na pré-escola fui alfabetizado por meio da cartilha caminho suave, lia de trás para frente aos meus sete anos.
       A professora Ana Carolina de Língua Portuguesa na 5ª série incentivou-me a ler os livros da série vagalume com o Caso da Borboleta Atíria e outros. Já no ensino médio li os clássicos da literatura brasileira como Iracema, Grande Sertão Veredas, etc. Para mim a leitura desses livros foi prazerosa, mas gostava de ler histórias em quadrinhos como o Conan o Bárbaro, e todos da série Marvel Comics. Naquele tempo era solicitado aos pais a compra de livros para a leitura e avaliação da história. Já hoje em dia, a maioria dos alunos na rede recebe tudo de graça, e não dão o devido valor.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Práticas letradas e formação do leitor


Li em alguns autores, que falam sobre aquisição da leitura e do letramento, que as crianças muito antes de saberem ler, imitam os adultos em práticas letradas, ou seja, veem o adulto lendo um livro, folheando as páginas, passando-as lentamente uma após outra, lendo em voz alta, mostrando as figuras; após vivenciarem estas atitudes do adulto leitor, a criança passa a copiá-las, pois mesmo não sabendo ler a história presente naquelas páginas, age como se estivesse lendo realmente. 
Esta atitude da criança é belíssima de se observar. Ela demonstra que a criança que convive com adultos leitores, pai, mãe, avós, tios, professores, vivencia a leitura como algo normal, como um aprendizado normal, que permeia a vida de todos, isto faz uma grande diferença, porque, neste caso, ao entrar no ensino fundamental a criança já está bem encaminhada, já gosta de ouvir histórias, gosta de ler pequenos livros, vivencia a leitura como prazer, não como algo imposto, penoso.
Quando disse acima que é encantador observar a criança imitando o adulto, tive o prazer de observar isto acontecendo com minha sobrinha de 04 anos. Ela já conhece todas as letras, mas não sabe ler, juntar as letras formando palavras, diga-se aqui que este aprendizado aconteceu antes de entrar na educação infantil, o que aconteceu este ano. Não foi algo imposto, partiu da curiosidade dela e da irmã de 05 anos a vontade de saber o que havia nos portadores de texto que os adultos liam. A partir desta curiosidade a família foi incentivando, falando os nomes das letras, mostrando-as nas revistas, livros. Isto foi feito por todos, a minha mãe (que nunca estudou em escola formal), minha cunhada, meu irmão, por mim, pelos tios.
No sábado ela, a Maria Eduarda, de 04 anos, juntou os seus livrinhos, sentou-se em um banquinho na cozinha, cruzou as pernas, colocou-os sobre elas, escolheu um deles, começou a “contar” a história (de memória, é claro), apoiando-se também nas imagens para contar a história. Virava as páginas, em alguns momentos mostrava as figuras dos livros para nós, mãe, tia, avó, irmã, que estávamos ali. Nada a distraía de sua leitura! Nem o nosso espanto!
Achei tão maravilhoso, que fui ao quarto, peguei a câmera e filmei alguns trechos desta leitura, pois ficará registrado este momento para ela, para nós.
Não preciso dizer, que em seguida a irmãzinha mais velha também a imitou, também buscou seus livros, iniciou o mesmo ritual.
Como diria Paulo Freire “A leitura do mundo precede a leitura das palavras.” É por meio da leitura do mundo, das vivências de práticas letradas, que a criança vai adquirindo este hábito, o da leitura das palavras.
Alguns autores que tratam da leitura, se quiser saber mais:
- Marisa Lajolo – tem vários livros sobre o assunto;
- Ana Maria Machado, em seu livro “Texturas sobre leituras e escritos”;
- Délia Lerner: “Ler e Escrever na Escola - O Real, o Possível e o Necessário
- Isabel Solé – “Estratégias de Leitura”

Texto meu, publicado no meu blog: http://impressoesnoturnas.blogspot.com

Depoimento de Leitura de Maria S. Delfiol Nogueira, publicado originalmente em: http://impressoesnoturnas.blogspot.com , em 26/07/2011.

Este texto integra as atividades do Curso Leitura e Escrita em Contexto Digital da Escola de Formação de Professores - EFAP.

domingo, 15 de abril de 2012

Leitura e deslumbramentos: um depoimento sobre a paixão pela leitura
Marcia Strazzer de Novais

Ler o depoimento dos colegas do curso “Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade” sobre suas experiências com a leitura tem sido muito agradável. Por exemplo, ao ler as recordações do José Milton (...)” É ao passar na Praça da Catedral, assim do nada, senti o arrebatador aroma da “moreninha” (...)”, e ele explicava que se referia ao aroma do livro “A Moreninha” que leu nos tempos do ginásio, me fez lembrar, o que sempre me acontece quando ouço ou leio algo a respeito de aromas e recordações,  das "madeleines" de Proust, que o transportavam a tantas reminiscências e me fizeram conhecer, na adolescência, a riqueza de sua literatura.
Já, a paixão da Marilei, outra colega do curso, por Monteiro Lobato me transportou às minhas próprias experiências com a leitura - Monteiro Lobato e sua obra foram um de meus primeiros contatos com livros, quando meu pai ou minha mãe liam para mim e meus irmãos as aventuras de Emília e sua turma. Lembro-me, ainda, do meu deslumbramento com uma coleção chamada “O Mundo da Criança", que trazia histórias de crianças de outros países e que me fascinavam - primeiro a leitura das imagens, e mais tarde das mais variadas histórias, que me prendiam por horas a fio e que eu já sabia de cor.
Meu pai, um apaixonado pela leitura, incentivava os filhos a ler, discutia conosco trechos "mais difíceis" e me apresentou a Jorge Amado, Dostoievski e a quase todos os clássicos. Mas, não ficava por aí, foi através dele que me apaixonei pela literatura de suspense e mistério, quando ele trazia uma revista (será que mais alguém conhece?) chamada “Mistério Magazine de Ellery Queen" - a maior revista de contos policiais do mundo! Que delícia tentar descobrir o assassino... Outra paixão, e esta ainda em moda era a coleção do Tintim, que disputávamos, meus irmãos e eu, para ver quem leria primeiro! E quantos mais, livros e personagens tão queridos! Lígia Fagundes Telles e “Antes do Baile verde"; Quino e sua excelente Mafalda; Zezé e seu Pé de laranja lima; e quantos mais... Mais recentemente descobri Rosamund Pilcher e voltei à infância com a excelente coleção do Harry Potter. Aqui em casa, os amigos secretos são quase "amigos livro", pois todos querem ganhar um e até minha netinha Giovanna, em seu aniversário de 8 anos, pediu de presente livros, para todos os tios e avós. Sem duvida, ler para as crianças e incentivá-las à leitura produz bons frutos! 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Leitura em Contexto Escolar

No texto em questão, Ezequiel Theodoro da Silva discute sobre a leitura dentro da sala de aula se propondo a responder três questões básicas: Por que e para que ensinar leitura? O que ensinar na vertente curricular da leitura? Como ensinar leitura?
Com esses questionamentos Silva (1988) expõe a maneira sobre como a leitura pode ser ensinada nas escolas e ressalta que a escola deve fazer uma observação crítica do que ocorre em sociedade sendo de fundamental importância para um trabalho de delineamento de objetivos para as práticas de leitura, formando assim, leitores críticos, conscientes e criativos mas para isso é preciso verificar as suas implicações no que diz respeito aos conteúdos e as metodologias de leitura.
A finalidade básica estabelecida para as práticas de leitura é ler para compreender os textos, participando criticamente da dinâmica do mundo da escrita e posicionando-se frente 
a realidade.
Para Marisa Lajolo (1982ab,p.59), "Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista."
Ainda segundo Silva (1988) o texto é de fundamental importância e sua seleção exige cuidados por parte dos professores, já que em nossa sociedade eles e a escola dão a idéia de verdade absoluta, ou seja, para a sociedade os professores são dotados de uma sabedoria superior eles sempre sabem de tudo.
Conforme Geraldi (1999), "Na leitura, o diálogo do aluno é com o texto. O professor, mera testemunha desse diálogo, é também leitor e sua leitura é uma das leituras possíveis."
Enfim, para obtermos êxito nas aulas de leitura é preciso reavaliar todos os processos, pois o que está acontecendo é que a leitura nas escolas está sendo praticada para extrair do texto uma informação para responder a questões formuladas, ou seja, é simplesmente uma simulação de leitura.